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Mística do Combatente de Montanha

Publicado: Quinta, 11 de Fevereiro de 2021, 18h08 | Última atualização em Quinta, 17 de Outubro de 2024, 12h12 | Acessos: 5090

A Mística do Combatente de Montanha é representada por objetos, símbolos e tradições que traduzem o espírito de camaradagem, determinação e de cumprimento de missão dos militares integrantes das organizações militares da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha do Exército Brasileiro.

GORRO CINZA

Simboliza o Montanhista Militar, aquele que combate em montanhas e que conhece o “sabor dos ventos”. O Gorro Cinza representa o objetivo alcançado após longas e intensas jornadas em terrenos montanhosos advindos dos Cursos e Estágios realizados na 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha. A cor cinza nos remete aos tons das pedras e rochas nas quais os Combatentes de Montanha atuam empregando suas técnicas de escalada no ambiente operacional de montanha.

BOINA CINZA

A boina é um acessório datado e utilizado desde a idade do bronze, há 3 mil anos a.C. Acredita-se que os primeiros a utilizarem o adorno foram os etruscos, um povo que habitava o norte da Itália e tinha uma certa similaridade com os povos celtas. Originária dos povos etruscos, a boina teve seu primeiro uso militar no século XVIII pelos Caçadores Alpinos da França e, por isso, hoje é utilizado o termo “boina francesa”. A Boina Cinza foi instituída pelo então 11º Batalhão de Infantaria, sediado em São João Del Rei – MG, em janeiro de 1985 e seu uso passou a ser efetivo em 1987. Em abril de 2019, todos as Organizações Militares que compõem a Brigada de Montanha do Exército Brasileiro (com exceção do 4º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, que utiliza a boina preta, característica das tropas mecanizadas e blindadas) passaram a ter a boina cinza como parte do seu uniforme e ostentam, com muito orgulho, esta cobertura que é símbolo do Montanhista Militar.

FACA IBITURUNA

As primeiras facas de guerra em geral foram as adagas, liberadas para uso militar em combate. Às tropas de elite mais famosas do mundo estão associados facas ou facões que as identificam. É usual, no encontro de camaradas de Forças Armadas Amigas, a mostra recíproca desse emblemático artefato que, de certo modo, revela o significado histórico das corporações que integram. A Faca Ibituruna foi criada pela 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha para uso exclusivo dos integrantes e ex-integrantes das Organizações Militares da única Brigada de Montanha do Exército Brasileiro. A palavra “Ibituruna” tem origem indígena Tupi Guarani”, e significa “'Serra Negra”, ou “Pedra Negra” como é conhecido o Pico da Ibituruna, localizado em Governador Valadares - MG. “A Faca Ibituruna é constituída por 1 (uma) Lâmina Monobloco, feita em aço chromo inox e revestida com pintura negra especial na espessura 5 mm, além de possuir uma serra no dorso e sangria. Seu cabo é revestido de uma corda na cor preta e sua bainha é feita de couro artesanal. Em sua lâmina temos impressões feitas a laser dos distintivos das Unidades da 4ª Brigada de Infantaria leve de Montanha, a tarjeta semicircular com a inscrição “MONTANHA” e também uma identificação pessoal (identidade militar, número de curso/estágio, etc...).”

MOSQUETÃO

O Mosquetão é um equipamento símbolo do montanhismo em todo o mundo. É um equipamento típico que é utilizado em atividades junto com a utilização de cabos (cordas) como um item de segurança e durante as escaladas militares. “O mosquetão que compõe a Mística da Brigada de Montanha é o “Mosquetão-Negro” de rosca, marcado pelas cores bronze, prata e ouro que indicam o tempo de serviço em que o militar serve ou serviu na Brigada de Montanha do Exército. Possui a escrita MONTANHA gravada na cor branca e o símbolo de uma montanha com a estrela”.

PLAQUETA DE IDENTIFICAÇÃO

A incapacidade dos militares de identificar baixas no campo de batalha criou a necessidade de um método de identificação de soldados durante a Guerra Civil Americana, no século XVIII. Foi nesta ocasião que foram criadas as Plaquetas de Identificação Militar. Ela é constituída de uma chapa de identificação que é usada principalmente para identificar falecidos ou feridos em combate. A fim de cultuar os mais de 40 anos de evolução do Montanhismo Militar na 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, bem como valorizar o respeito e a admiração pelos pioneiros, foi autorizado o uso da plaqueta de identificação para integrantes das Organizações Militares da nossa Brigada de Montanha.

COTURNO DE MONTANHA

O novo coturno do Exército Brasileiro teve seu uso autorizado oficialmente pelo Comando de Operações Terrestres e pelo Comando Logístico, com previsão de implementação gradual e obrigatoriedade total a partir de janeiro de 2027. Esse modelo foi desenvolvido com material especial, como couro nobuck hidrofugado, que garante impermeabilidade, proteção contra torções e alto desempenho em operações extremas, sendo ideal para ambientes de montanha.

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